OBRAD`OURO: BIBLIOGRAFIA

Nesta "obra" se faz, em texto (Joel Cleto) e fotografia (Sérgio Jacques), a crónica de uma peregrinação, em bicicleta, entre a Praça da Ribeira nas margens do "Douro", no Porto, e a Catedral de Compostela, na Praça de "Obradoiro". Seguimos os antiquíssimos caminhos medievais para Santiago,atentos à História, às Lendas e ao Património, mas espreitando sempre a modernidade que, há mais de mil anos, teima em caracterizar esta via de "peregrinos" de diferentes fés, movidos por muitos e díspares motivos, interesses e desafios.

ABSTRACT

This blog is about the story of a pilgrimage from “Ribeira” Square, by the “Douro” River in Porto (Portugal), to the Cathedral of Compostela, in the Square of “Obradoiro”. Through text (Joel Cleto) and photograph (Sérgio Jacques) we follow the ancient medieval St. James’ Ways by bicycle, recording the History, the Legends and the Heritage, but always observing the modernity that, for a thousand years, goes on characterizing this way of “pilgrims” of different faiths, inspired by many reasons, interests and challenges.

BIBLIOGRAFIA

CARVALHO, Teresa Pires; GUIMARÃES, Carlos; BARROCA, Mário - Bairro da Sé do Porto. Contributo para a sua caracterização histórica. Porto: Câmara Municipal, 1996. 270 p.
DIAS, Geraldo Amadeu Coelho - Vestígios da presença judaica no Porto. Arqueologia. Porto: Grupo de Estudos Arqueológicos do Porto. 10 (Dez. 1984). p. 50-56.
GIL, Carlos; RODRIGUES, João - Pelos caminhos de Santiago. Itinerários Portugueses para Compostela. Lisboa: Publicações D. Quixote/Círculo de Leitores, 1990. ISBN 972-20-0799-8. 224 p.
MORENO, Humberto Baquero - Vias Portuguesas de Peregrinação a Santiago de Compostela na Idade Média.
SILVA, Armano Coelho Ferreira da - Sondagem Arqueológica na Praça da Ribeira. Arqueologia. Porto: Grupo de Estudos Arqueológicos do Porto. 10 (Dez. 1984). p. 72-75.
SILVA, Germano - Porto a Pé. Porto: Jornal de Notícias/PortGás, 2007. ISBN 978-989-20-0689. 128p.
SOUSA, Armindo de - Tempos Medievais. In RAMOS, Luís Oliveira (dir.) - História do Porto. Porto: Porto Editora, 1994. ISBN 972-0-06276-2. p. 118-253.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Subscrever: Enviar feedback (Atom)

SÉRGIO JACQUES (Porto, 1964)- Fotógrafo. Começou a sua formação, no início dos anos '80, num estúdio de fotojornalistas de Lisboa. Desde então, e sempre como fotógrafo independente, tem frequentado múltiplos estágios, cursos de formação e workshops, em Portugal e no estrangeiro, sobretudo em torno do fotojornalismo. Autor de diversas exposições individuais patentes, entre outros, no Museu Marítimo de Ílhavo, no Museu do Trabalho de Setúbal e na Galeria Municipal de Matosinhos, é também autor de fotografias em diversos livros e revistas. O Património tem sido sempre um motivo central nos seus registos fotográficos.

JOEL CLETO (Porto, 1965)- Arqueólogo. Licenciado em História (1987) e Mestre em Arqueologia (1994) pela Univ. do Porto. Chefe de Divisão da Cultura e Museus da Câmara Municipal de Matosinhos. Autor de diversos livros e artigos, de investigação e de divulgação, sobre História, Património e Arqueologia. Autor e apresentador de programas sobre estas temáticas na estação televisiva "Porto Canal", tem apresentado também inúmeras comunicações em congressos em Portugal e no estrangeiro.Pertence ao Grupo de Trabalho Intermunicipal do "Caminho Português do Litoral para Santiago".

Não há um "Caminho de Santiago", mas sim "Caminhos para Santiago". E isso é particularmente evidente no caso português onde, durante séculos, se foram desenvolvendo múltiplas rotas em direcção a Compostela. Um grande conjunto de situações influenciou sempre, ao longo dos tempos, a opção por diferentes itinerários. Porque se aproveitava a peregrinação a Compostela para passar por outros santuários de particular agrado e/ou devoção do peregrino, por curiosidade em se conhecer determinado local, porque se aproveitava para visitar familiares ou amigos que moravam em povoações por onde se poderia fazer um desvio, porque entretanto foram abertas novas estradas e remetidas para o esquecimento outras, porque os rios haviam destruído pontes e obrigado a alterações no pecurso, e por mais um sem fim de motivos.
Também nós traçamos o nosso Caminho para Santiago. Não é, seguramente, o mais curto ou o mais veloz. Mas é aquele que nos desperta uma maior curiosidade e interesse. Com partida do Porto, optamos, numa primira fase por seguir aquele que foi durante séculos um dos mais concorridos itinerários na região: a ligação até Barcelos, com passagem por S. Pedro de Rates. É um percurso, e uma estrada, fundamentalmente medieval, embora no início do trajecto tenhamos optado por passar pelo mosteiro hospitalário de Leça do Balio, junto à antiga estrada romana para Bracara Augusta. Mas, e porque Braga foi também, durante a Idade Média, um importante centro de peregrinação, depois de atingirmos Barcelos não prosseguimos, como a maioria dos peregrinos, para Norte/Ponte de Lima, mas fazemos um pequeno desvio para leste por forma a atingirmos Braga. A partir desta cidade a nossa opção foi seguir a histórica Via Romana XVIII que, atravessando o Parque Nacional da Peneda Gerês, vence esta última serra na Portela do Homem. Um percurso com tanto de fabuloso como de difícil e, sobretudo, durante muitos séculos, perigoso e, por isso mesmo, muitíssimo menos concorrido pelos peregrinos. Mas não deixa de ser uma estrada que se mantém operacional há dois mil anos! Daí, e já em território espanhol, prosseguimos até Ourense, entroncando pouco antes num dos mais conhecidos "Caminhos de Santiago": a Via da Prata. E, é através desta, que atingimos Santiago de Compostela